Monday, December 06, 2010

András Schiff

András Schiff. Variações Goldberg. Um mundo se abriu e continua aberto. Agradeço o privilégio que se me ofereceu...

Sunday, November 28, 2010

Casa da Música - Orquestra Gulbenkian

Ontem, contrariando o cansaço, decidimos ir à Casa da Música ver e ouvir a Orquestra Gulbenkian interpretar Lindeberg, Alban Berg e Bruckner.
Estávamos apreensivas quanto a Bruckner. A surpresa quando os 55 minutos da sinfonia de Bruckner passaram num ápice. A maestrina Simone Young, ao segundo andamento deixou a batuta e dançou com a orquestra interpretando e dirigindo. Uns braços e umas mãos soberbas, permitiram-se os gestos impossíveis num homem. Cordas, cordas, madeiras, madeiras, um som cheio, pesado, épico, monolítico, como toda a sinfonia.
Maria José Falcão - admirava-lhe a voz (em entrevistas na rádio) mas desconhecia a figura. Ficámos impressionadas com a presença e a delicadeza com que se abraçava ao violoncelo. É mesmo verdade que, em casos de eleição, instrumento e músico são um todo indecifrável e indiferenciável.
Uma palavra ainda para Christian Tetzlaff possuído por Alban Berg.

Monday, November 22, 2010

Thursday, September 30, 2010

Ruínas de Manuel Mozos

Ontem tive, finalmente, a oportunidade de ver o documentário ruínas. Perdi, nas ruínas do tempo, os comentários que li na altura da sua exibição no circuito comercial. Vi-o em condições especiais. Não as melhores, sob pondo de vista do objecto artístico, mas cenicamente envolventes: um ambiente de pré-ruína ou de obsolescência física. No dizer do perito comentador, ao contrário dos humanos, nos edifícios, a obsolescência social precede a física. Assim foi, uma fábrica que deixou de laborar em 1990 é agora uma ameaça, mostra as entranhas em decadência. A fábrica foi o lugar da exibição.
À noite explicava o filme aos meus filhos. Comunicar a experiência faz parte do seu conhecimento (comentava hoje com uma amiga ao almoço- interessante!) O filme apresenta no presente imóveis abandonados em planos fixos - vários planos para cada situação. O texto que o acompanha relata episódios passados no que foi o presente (aqui entendido como a época viva desses edifícios). Relatos do passado que nos transportam para um passado-presente quando visualizamos o presente-passado dos edifícios.
Inesquecível. Vou vê-lo novamente para confirmar mas não o verei no mesmo cenário.
Os panos negros que cobriam as janelas, a abanar ao vento, fizeram-me recordar as primeiras cenas de "O leopardo".

Friday, September 17, 2010

El olvido que seremos

Ouvi há pouco, no noticiário das 17 horas da antena 2, que Hector Abad Faciolince, tinha ganho um prémio ( de que não recordo o nome) que lhe foi entregue hoje, por António Costa, em Lisboa. Por pura coincidência referi-o ontem aqui. Faço parte dos seus admiradores incondicionais: pela qualidade da escrita, pela seriedade da descrição, pela coragem do testemunho, pela profunda humanidade.
Li-o na língua original, oferecido por amigos colombianos, mas tenho emprestada a edição portuguesa, pelas mãos de um amigo português. Independentemente de tudo, será com certeza, um dos livros da minha vida.

Thursday, September 16, 2010

Colombia e colombianos

Motivada pelos comentários que li em posts anteriores arrisco acreditar na bondade destes lugares e por isso escrevo, ainda, sobre a Colômbia.
Depois de voltar, com um livro oferecido na bagagem, li-o de imediato: " El olvido que seremos" de Hector Abad Facciolince. Relato comovente, profundo e pedagógico de Hector sobre a sua família, destinado a honrar a memória do seu pai. Para mim, mãe e educadora, que têm dúvidas, como acontece a todas as aspirantes a boas mães, este livro disse-me muito. Recordo-me de relatos, passagens carinhosas, cheias de imparcialidade dedicada, que me orientam nas duras tarefas do dia a dia. Dar um beijo ruidoso e impulsivo a um filho, quando ele, racionalmente mereceria um "grande puxão de orelhas", pode ser a atitude mais eficaz. Educar é, antes de mais, sermos expressivos testemunhos de paixão pela vida e incondicionais amantes dos nossos filhos, no melhor e no pior "todos os dias da nossa vida".
Agradeço aos colombianos - apaixonei-me por eles e por Bogotá.
Muito bem escrito, além do mais. Li-o na língua original.

Thursday, September 02, 2010

Douro



O Douro está na moda - ouvia-o hoje dito por um repórter televisivo. Fui prová-lo. A paisagem do Douro está a mudar, vinhas plantadas no sentido perpendicular à margem, socalcos construídos sem muros de suporte em xisto, rampas oblíquas para ligarem os socalcos: a paisagem do Douro já não é o postal que tinha gravado desde a minha infância.
O que constrói a paisagem? A paisagem deve manter-se fixa no tempo? Como preservar a memória adaptando-a às novas necessidades produtivas? Devemos guardar os "postais" ou temos que fazer postais contemporâneos?
Eu, entendo tudo, mas gostava mais do meu postal de infância.

Sunday, August 15, 2010

Bogotá




Depois do regresso já, por duas vezes, houve atentados em Bogotá.
Percebo-os melhor depois de conhecer a atmosfera pesada e densa que se esconde por trás da vida de Bogotá. A montanha ( cordilheira ocidental dos Andes) tem uma influência imensa no ar que se respira, na luz que invade a cidade, na névoa que a enche.
A cidade situa-se a 2640 metros de altitude. Depois de uma viagem em teleférico de 10 minutos, chegados a Monserrate, 800 metros acima, Bogotá dá-se em toda a sua imensidão.
O ar, necessário para respirar, falta e temos, necessariamente, que mover-nos lentamente para encontrar o olhar intenso, melancólico e profundo de um colombiano.
Daí, talvez, o repetido interesse dos nossos amigos pelo conceito "Saudade".
Estou em crer que, embora eles não tenham a palavra, trazem na alma o sentimento.

Tuesday, July 06, 2010

questões de moda

Os blogues estão mesmo fora de moda!
Talvez esteja na altura de fechar este. Afinal faz cinco anos no dia cinco de Agosto!

Sunday, June 20, 2010

Jorge Moyano

Grande concerto. Jorge Moyano interpretou Alban Berg, Liszt e Johannes Brahms. Tudo, mas sobretudo a sonata em Si menor de Liszt, foi um dos momentos mais altos e compensadores que se me têm oferecido. Creio que nunca tinha ouvido esta sonata. Alguns dos presentes, que já tinham ouvido outras interpretações, estavam também extasiados com a interpretação. Provavelmente tivemos sorte pela sensibilidade com que fomos surpreendidos. " Após as enigmáticas notas seguidas por silêncios com que a sonata tem início ( e com as quais vai terminar), uma escala descendente arrasta o ouvinte para um universo inquietante". Os silêncios, a inquietação dos silêncios...

Sunday, June 06, 2010

Casa da Música fora de horas

Clubing de Junho. Ontem. Vazio, ou quase, porque as coincidências de programação obrigam-nos a desperdiçar oportunidades ( Serralves em Festa - também lá passei). Mas ontem Magnus Lindberg e a ONP, Alva Noto e Moderat, deixaram-me completamente satisfeita e nas nuvens. Espanto-me perante o poder que alguns tipos de música, diversos e quase diametralmente opostos, exercem sobre mim.

Sunday, May 23, 2010

em torno de um livro

Peguei no livro, no silêncio da casa e li sobre o amor. Sobre o amor fleumático. Aquele amor egoísta, no dizer de Clawdia Cauchat, que a única coisa que almeja é o enriquecimento de nós próprios. Um amor que sabe esperar, mesmo que a espera seja em vão e faz dela um processo de conhecimento humano. “ Podemos falar de dedicação egoísta ou de egoísmo dedicado”, diz Hans Castorp, embora a fronteira entre os dois seja muito ténue. Enquanto o primeiro se aproxima da paixão, que gera o ciúme, que exige a posse, o segundo é paradoxalmente altruísta e egoísta: altruísta porque não exige exclusividade e está centrado no sentimento, no que ele desencadeia; egoísta porque, estando centrado no sentimento, se interessa apenas pelos efeitos do processo no enriquecimento individual daquele que ama.

Sunday, May 16, 2010

Casa da Música ao domingo

Nunca tinha ido aos concertos comentados de domingo na Casa da Música. Fui hoje porque na sexta à noite não pude ir ao concerto da ONP. A Casa da Música estava esgotada. Cheia de miúdos e de adultos. A orquestra vestida informalmente. Antes de começar as vozes infantis enchiam a casa de sons. O silêncio fez-se de imediato depois do anúncio que o espectáculo ia começar.
O concerto à volta de Zoltán Kodáli. Conheci a música de Zoltán Kodáli na Hungria quando lá fui. Associei-o a Béla Bártok e à Hungria, país fascinante com mais ou menos a mesma área e o mesmo número de habitantes que Portugal. Um país cheio de histórias, onde povos e invasões, anexações se misturam.
A Suite de Háry János é também uma história. Colorida, viva, que fala do Império Austro-húngaro e da invasão napoleónica. Nada mais apropriado para uma manhã de festa, domingo de sol.
Conheci o cimbalão, instrumento de cordas percutidas com forma de cravo e som seco de cordas.
Assim se fazem públicos. Aos pais e educadores lembro que esta é uma boa maneira de degustar o domingo de manhã. Fora deste sítio divulga-lo-ei também.

Monday, May 10, 2010

Valentina Sereno

A professora que no liceu, talvez, mais me marcou, foi Valentina Sereno - professora de ciências da natureza. Foi minha professora no Carolina Michaëlis. Hoje lembrei-me dela, como me lembro muitas vezes. O que distingue um ser vivo de um ser inanimado? A capacidade de assimilação. Não sei se foi assim que ela me ensinou, foi assim que eu percebi e assim a lembro. Assimilar- capacidade de transformar matéria diferente na sua própria matéria. Hoje lembrei-a ao pensar na capacidade que temos de reflectirmos sobre as nossas experiências incorporando-as na nossa história pessoal.Ficamos mais densos, mais pesados e mais leves, mais desprendidos e mais conscientes do nosso lugar no mundo. Perdida a inocência ganhamos em sabedoria.Ando às voltas com Thomas Man " A Montanha Mágica" e assimilo.

Sunday, May 09, 2010

Galiza





Fim de semana na Galiza. Santa Comba de Bande, capela visigótica- séc VII; Vila Nova dos Infantes; Mosteiro de Celanova, claustro séc.XVII; Capela de São Miguel, Celanova, moçarabe, séc X.

Sunday, May 02, 2010

Para a minha Mãe (2)

Para a minha Mãe (1)

Nada tem a ver com esperança

Hoje, no meu programa de rádio favorito, ouvi a Maria João Seixas ler um excerto de uma crónica de João Benard da Costa que referia Musil, um dos meus escritores favoritos, mais ou menos assim " Quando se espera muito tempo acontecem coisas que só raramente acontecem." Coisas excepcionais, digo eu. A espera, saber esperar para saber perceber quando elas acontecem. Mas tem que ser uma espera viva e activa. O tema da espera e da vigilância é um tema bíblico, é um tema zen, é um tema temporal.
Eu espero...

Sunday, April 25, 2010

Vinte e Cinco de Abril Sempre


Que nunca nos faltem os cravos e que os cravos sejam de Abril, vermelhos!

Abril Sempre! Sempre!

Thursday, April 22, 2010

sempre o tempo

De vez em quando alguém me lembra a curva do tempo e a da sabedoria. De vez em quando alguém me lembra que enquanto a da sabedoria sobe a do tempo desce. Aqui, tempo entendido como o tempo de vida de um ente. De vez em quando alguém me lembra o paradoxo: devíamos começar quando estamos a acabar.
Será esta a leitura simplista de um humano?
... mas eu não sou capaz de fazer outra!

Sunday, April 11, 2010

Sábado de "Verão"

Começou a época balnear com uma excelente manhã de praia. Começou a época dos prazeres democráticos. Pensava: eu aqui, cheia de sol, de cor e de mar e outros a gastarem os cada vez menos euros a comer hamburguers em centros comerciais! Depois veio a tarde e os nossos corpos a libertarem lentamente o calor e a leveza que tinham acumulado. Depois, um, não tão democrático concerto ( os bilhetes custavam €25,00) na Casa da Música, Arcadi Volodos, muito aplaudido. Mais tarde orientei-me para estudar Ângelo de Sousa o que, decorrendo de obrigação profissional, me deu elevado prazer.

Friday, April 02, 2010

Erich Mendelsohn



Casas em Karolingerplatz; 1922

Gosto assim. Gosto de chegar de uma viagem e de a recompor na primeira pessoa do singular. Li sobre Berlim: sobre a história da arquitectura. Li em italiano, em inglês, em francês. As línguas não me foram estranhas."Architectura Contemporanea I" de Manfredo Tafuri e Francesco Dal Co; Erich Mendelsohn de Bruno Zevi; Hans Scharoun de J. Christoph Bürkle; Berlin The architecture Guide.
Sobretudo Eriche Mendelsohn. Schönberg e Mendelsohn. Mendelshon como o Schönberg da arquitectura: sozinhos na procura de uma arte atonal. Será que tenho de voltar a Berlim? Será que tenho de o ir descobrir a Jerusalém?

Wednesday, March 31, 2010

Berlim




Schinkel, Bruno Taut, Erich Mendelsohn, três dos muitos nomes que marcaram uma das mais interessantes semanas da minha vida, sob todos os pontos de vista. Uma viagem à história da arquitectura, uma mãe realizada, uma mulher completa.
Prometo voltar novamente ao tema mas, entretanto podem ver o flickr da Joana.

Sunday, March 21, 2010

a poesia está na rua

Saí de casa a custo. Ontem ao princípio da noite.
Valeu a pena: da performance prévia, fiquei admirada com a qualidade dos intervenientes, mais do que agradada com o conteúdo. De qualquer modo teve momentos de grande efeito cénico ainda que ajudados pelo fotogénico átrio da Câmara Municipal. Rosa Alice Branco, cheirou-me a alguma coisa. Tratarei de testar o cheiro. Quanto à apresentação, feita pela Professora Doutora, desculpem, mas recordo sobretudo os "pernões"!

Saturday, March 20, 2010

A nona de Mahler

Ontem regressei à Casa da Música para ouvir a mais insólita das sinfonias ( do meu conhecimento). Gosto de Mahler. Muitas vezes ouço dizer de Mahler: ou se gosta ou se detesta. Eu faço parte do grupo dos que gostam. Pela mão de Visconti e do Adagietto da Quinta Sinfonia que, também já ouvi dizer aos entendidos, é um andamento que desequilibra o todo, entrei no lado depressivo ou pelo menos melancólico do compositor atormentado. A Nona Sinfonia é da música que melhor transmite estados de espírito, variáveis, mutantes e mutáveis. Mas não é assim a alma humana?
Sem regra e contra a norma, Mahler compõe esta extensa sinfonia ao contrário, com os andamentos lentos no princípio e no fim. Fascina-me como é possível terminar uma sinfonia "em caindo", entrando progressivamente nas trevas (ou no paraíso?), diminuindo sempre até à maior da humana altura. Paradoxalmente.Comovente, sim muito. Sinto-me eleita por me deixar comover com esta música, porque é muito bom, talvez rondando aquela alegria de estar triste que Spúlveda compara à melancolia.Ou que Eugénio de Andrade define como o oiro do dia.
Depois é muito bom ouvir a ONP tocar maduramente.Deve ser tão difícil tocar esta sinfonia e eu gostei muito. Já aqui o disse e confirmo: é um privilégio ter uma orquestra assim na nossa cidade.

Sunday, March 14, 2010

Memórias recuperadas

Joana: depois de me armar em técnica consegui recuperar o gira-discos. Foi uma vitória compensada pela recuperação de músicas e memórias. Fazes cá falta - volta depressa para ouvirmos as músicas que agora fazem a vossas delícias e que há trinta anos fizeram as nossas: This Motor Coil, Keith Jarret, Tom Waits, Bob Dylan, Joy Division,Brian Eno, John Cale, montes de Cocteau Twins e Ravel, Bach, Debussy,...

Saturday, March 13, 2010

Midori

Fiquei impressionada com a música e a mulher.Pássaro.
Com a mulher música. Gosto muito do concerto para violino n.º2 de Bach. A mulher música foi toda ela música pássaro. Viva e suave voou e fez voar a música na sala suggia. Nós voamos também muito.
É muito bom ser surpreendida no Porto por um pássaro música.
No intervalo li a sua história na brochura. Também ela me impressionou - alguém que tem o talento e a dedicação de ser embaixatriz da música: " Com o dinheiro que recebeu do prestigiado Avery Fisher Prize (2001) Midori criou mais uma organização sem fins lucrativos em 2003, a Partners Performance." Mais uma, antes já tinha criado duas para bem das comunidades.
Bem haja.

Thursday, March 11, 2010

Our city, today

our city, today from joana rocha on Vimeo.



Hoje a minha Berlim foi assim.

Wednesday, March 10, 2010

pequenos prazeres

chegar a casa cedo
acolher amigos
recuperar um gira-discos arqueológico
(ficou pela metade)
fazer suspiros
esperar visitas breves para conviver em pré-jantar
ter em casa o melhor arquitecto espanhol da actualidade
presunção?
acolher prendas com o coração
dar prendas compradas com o coração
jantar em célula mínima familiar
arrumar
lembrar
subir
para descontrair e ler
"A Montanha Mágica"
grandes prazeres!

Tuesday, March 09, 2010

Monday, March 08, 2010

Praising the Queen (em inglês)

last year, when meryl lost the oscar to kate (and that at least was fair, since kate is a fairly good actress) me and miguel thought about making a tshirt saying "i won an oscar to meryl streep" since everyone in hollywood has, almost. this year i'm doing it. and i might add up "(and i didn't deserve it)". the thing is sandra bullock is a crap of an actress, come on! the thing is, everyone praises meryl with speeches about how she is the best and so on but no one actually seems to treasure her enough to give her what she deserves, just because she has some already. it is not fair. just because we all already know that everything she touches turns to gold, that doesn't mean she does not deserve the gold itself. just because she is so much better than all the others, and that everyone thinks they don't have a chance against her, they ignore her, pretend that the greatest isn't also running for the award. if she is the best, then let her be so. most of you might think she's overrated, i think she's underrated. everyone takes the woman for granted and if, one day, something bad happens everyone will be crying, just saying, because they didn't give her her 3rd oscar on the right time. her career took off again lately, so please ackownlegde that. hollywood you depress me even more when you don't give colin firth an oscar too. and i am sleepy, since i've only slept two hours and a half to see jeff bridges and sandra bullock walk away with the award. at least james cameron did not win. now i wanna see what is the next big film meryl will be in, that will obviously give her another nomination and hopefully win. meanwhile, i enjoyed my journey through all her filmatography. that woman is a pleasure and a joy to watch. she is, indeed, the best (living actress).


Monday, March 01, 2010

Barcelona 2010 - Guiding Architects





Guidings Architects - Barcelona 2010
Foi muito produtivo. Disciplinarmente Jean Nouvel - Torre agbar e Parc Diagonal (falhanço?) e Enrique Miralles e Benedetta Tagliabue, Parc Del Mar.

Wednesday, February 24, 2010

Sobre o derreter do gelo

Is it premature to rejoice at the end of Winter? Probably. But today the melting continued on the streets, revealing, in archaeological detail, layers of fag butts, dog’s poo and general grime. The bottom layer is comprised almost entirely of spent fireworks from New Year’s worryingly Health-and-Safety-free celebrations.

lido aqui. A última camada é do ano passado, vejam lá.

Monday, February 08, 2010

A sala de vidro - Simon Mawer (II)

Onde nos leva um livro?
Pelos menos óbvios caminhos este livro chegou às minhas mãos. Prenda de anos de um não arquitecto. Também não foi pelo autor! Talvez pela fotografia da capa da edição portuguesa. Também a fotografia nada tem em comum com o conteúdo. Porque a fotografia da capa é das casas desenhadas por Le Corbusier em Weisendorf e a casa descrita no livro a Casa Tughentad de Mies Van der Rohe em Brno, actualmente República Checa. (Re)Descobri a Casa. Comparei a sua história real com a história ficcionada por Simon Mawer. À parte alguma superficialidade em relação ao trabalho do arquitecto, lida como profundeza se pensarmos que escrita por um biólogo ( ao que julgo saber é essa a profissão de base do escritor) comoveu-me a narrativa que prepassa os tumultos da história da europa central entre 1930 e 1960. Configurações políticas e administrativas diversas mas, também, uma invejável vontade de modernidade: na cultura e nos costumes - transfiguradas em forma na casa Tughentad.
Resta-me agora uma viagem a Brno para a sentir de perto: perfeita, essencial, tão boa para viver quanto mais formos capazes de acolher o conforto do mínimo.

Wednesday, February 03, 2010

A sala de vidro - Simon Mawer


Algumas coisas boas chegam-nos assim às mãos!

Corpo inteiro

Não se queixem! Às vezes desconfio, as mais das vezes desconfio que este lugar (sítio) é pouco visto, visitado e gostado.
Bem.
Muitas vezes pequenas reflexões diárias poderiam vir para aqui - vão para outros espaços. Quase sempre para o limbo. Não saem deste espaço estrelar, constelativo, que é o conjunto dos meus pensamentos.
UM: o corpo não é uma arma de arremesso ou um objecto para a sedução - no meu entendimento. Quanto mais consciente estiver, enquanto todo e não uma parte do todo, enquanto resultado e não somatório de parcelas, mais sentido faz. O Yoga tem-me feito sentir assim ainda que, muitas vezes, o atraiçoe e violente. Não sou perfeita.

Saturday, January 23, 2010

temporada de 2010

Depois de duas desilusões, no início do ano, voltei hoje à Casa da Música.
Voltei à casa que conheço. Um público sereno mas sedento daquilo que de especial o lugar e o contexto oferecem. Concerto número para piano de Chopin interpretado por Boris Giltburg ( só dois anos mais velho que tu Joana!)
Pelo meio do cansaço e do sono, presença permanente no início do fim de semana,levou-me. Fez-me bem. Depois Dvorak. É interessante que Dvorak já foi um dos meus compositores favoritos - hoje não.

Thursday, January 21, 2010

Monday, January 18, 2010

Haiti

Sobre o Haiti: o meu pensamento recorrentemente se desvia para lá.
Ontem, ao de leve, ouvi em "Um certo olhar" qualquer coisa e reflecti.
Como é possível que num mundo tão desenvolvido isto aconteça? Não a catástrofe, mas o que possibilita que a catástrofe se manifeste desta maneira e o que acontece depois dela. A montante: prevenção. A jusante: socorro. A montante: tudo ruiu porque nada estava prevenido. A jusante: a ajuda está no aeroporto e as pessoas morrem de fome e não podem valer aos seus feridos e mortos.
Que sociedade é esta?

Sunday, January 17, 2010

segredos

Diz-me outra vez
Como me vês
Sem confronto
Resta a imagem
Virtual ou ao invés
Sem saber como me vês
Serei apenas miragem

Devorada pela entropia
Exagero a miopia
Poço escuro abafado
Onde a acalmia
Mais soa a enfado
Do que a qualquer
Pressentida sintonia

Rota
invertida
Desfocada
Pouco querida
Mal amada
Sem saber como me vês
Serei miragem outra vez

Aforismos pós-modernos

Sabes qual é o problema do nosso mundo? É que o pão é barato mas as facas e a manteiga são caras!
Fui surpreendida por esta máxima pouco depois das oito da manhã quando levava os "miúdos" à escola.

Wednesday, January 13, 2010

Kiwi

Devorei kiwi's!
Fruto estranho - criado pelo homem? Mas vem de onde? Não é parecido com nada - nem laranja, nem banana. É parecido com o quê? Sabe a quê?
Hoje ofereceram-me kiwi's deliciosos. Criados nos quintais do feio e renegado Vale do Ave. São deliciosos no paladar e foi ... mais deliciosa a oferta!

Monday, January 11, 2010


O meu Samurai foi-se hoje de manhã. Morreu. Espero que não tenha sofrido tanto como eu acho que deve ter sofrido. A vida levou-o desta para melhor. O avô disse-me que ele está no céu dos gatos. Aqui tenho tido saudades do meu gatinho. Agora vou ter saudades sempre. Já não há quem me aqueça os pés e já não há quem mie para sair do quarto às 7 da manhã. Estou absolutamente partida e a semana e o ano só está a começar. E adoro-te, Samuraizinho.

Friday, January 01, 2010

2010

Somos estrelas de muitas pontas. Temos um centro grande, feito de intersecções.(Acabou de entrar um gato em casa!)Quanto maior for o núcleo - maior a concentração de pontos no nosso núcleo estrelar, melhor entendemos o mundo, os mundos. Porque os nossos mundos são muitos ainda que coincidentes no tempo e no espaço.
O último do dia do ano interceptou - um Mestre, outro Mestre (mais próximo), um companheiro, um amigo (companheiro de vida), um presidente, um colega de trabalho, Kavafy, Daniel Faria, Herberto Helder, gregos, Grécia, os meus filhos, quatro mensagens de outras pontas estrelares ( algumas mais e outras menos nucleares),os meus pais...e a Sr.ª Rosalina na memória do tempero do peixe que iremos comer no dia de Ano Novo - 2010!
... e Jorge de Sena com quem comecei o último dia de 2009 e com quem dormirei no primeiro dia de 2010.
Bom ano Joana e Pedro e... tudo e todos mais...