"Os homens aquecem-se no amor as mulheres queimam-se." Não será bem assim a transcrição sem falar na tradução.
O filme Shirin de Kiarostami é um exercício sobre o próprio cinema. Assim o vi. Perceber uma história de amor intemporal, comum a todas as culturas, pelas expressões dos rostos de mulheres é um desafio. Sabendo ainda que a expressão dos rostos não corresponde à emoção traduzida pela real narração da história. A imagem é apenas um jogo, um processo de montagem de expressões obtidas noutro contexto. O realizador construiu depois o discurso para com ele seduzir o espectador. O cinema uma construção, uma ilusão, uma ficção, uma manipulação.
Porquê só mulheres? Porquê os homens inexpressivos e toldados em alguns segundos planos?
Nota: Apenas quatro pessoas a verem este filme que passou de modo muito efémero no circuito comercial.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment