Revoluções Americanas I e II suscitaram prazer, proporcionaram conhecimento e geraram reflexões. Sobretudo as segundas partes, tocadas pela OSP. Nunca, julgo, o palco da Casa da Música esteve tão cheio: para tocar Edgar Varèse estiveram mais de 145 músicos em palco, e fora dele, já que alguns ouviram-se do foyer lateral direito. Também no dia anterior, Coptic Light de Morton Feldman, estiveram outros tantos músicos em palco. Se em Varèse a diversidade e o número se fez sentir, proporcionando o ambiente expressivo americano, em Feldmen a orquestra tocou como um único instrumento, ondulante, de variações sistemáticas e progressivas, como a tal tapeçaria que a objectivava. Intrigante, enigmático, encantatório... o conjunto devolve a individualidade colectiva a uma só voz.
Este ponto de partida levou-me para muitos lados, desde as tais tapeçarias, à gestão de empresas ( tão na moda), aos orientes, ao colectivo, à anulação, à humildade, à exaltação, às teias, aos cromatismos, às repetições, aos mantras, às regras, aos conjuntos, às variações,...
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