Thursday, February 24, 2011
Perguntas.
Alguém que me explique o que se passa com a geração dos meus pais que acham que nós não conseguimos trabalho porque não queremos. Ou é suposto trabalhar de borla até aos 30 anos?
Sunday, February 20, 2011
Partir
De dividir. Com a idade e a experiência aprendi a dividir o tempo em bocados, os afectos em momentos, o trabalho em temas, o lazer em tipos, o prazer em picos. A desconstrução e a concentração em cada parte desconstruída, a total concentração repartida num assunto, num afecto ou num prazer permitem novamente a reunião num todo que me satisfaz totalmente, quando o consigo.
Monday, February 14, 2011
Fui ao cinema
O mesmo não se passa com The King Speach. Um filme - cinema, entretimento, bons actores, boa imagem, uma estória que bebe na história e me deixa com a certeza da probabilidade. Bate certo. Quase tudo bate certo... e não é preciso pensar mais. Às vezes dá jeito e é isso, somente, o que se quer.
Assim foi, surtiu efeito.
Assim foi, surtiu efeito.
Sunday, February 06, 2011
Shirin - Kiarostami
"Os homens aquecem-se no amor as mulheres queimam-se." Não será bem assim a transcrição sem falar na tradução.
O filme Shirin de Kiarostami é um exercício sobre o próprio cinema. Assim o vi. Perceber uma história de amor intemporal, comum a todas as culturas, pelas expressões dos rostos de mulheres é um desafio. Sabendo ainda que a expressão dos rostos não corresponde à emoção traduzida pela real narração da história. A imagem é apenas um jogo, um processo de montagem de expressões obtidas noutro contexto. O realizador construiu depois o discurso para com ele seduzir o espectador. O cinema uma construção, uma ilusão, uma ficção, uma manipulação.
Porquê só mulheres? Porquê os homens inexpressivos e toldados em alguns segundos planos?
Nota: Apenas quatro pessoas a verem este filme que passou de modo muito efémero no circuito comercial.
O filme Shirin de Kiarostami é um exercício sobre o próprio cinema. Assim o vi. Perceber uma história de amor intemporal, comum a todas as culturas, pelas expressões dos rostos de mulheres é um desafio. Sabendo ainda que a expressão dos rostos não corresponde à emoção traduzida pela real narração da história. A imagem é apenas um jogo, um processo de montagem de expressões obtidas noutro contexto. O realizador construiu depois o discurso para com ele seduzir o espectador. O cinema uma construção, uma ilusão, uma ficção, uma manipulação.
Porquê só mulheres? Porquê os homens inexpressivos e toldados em alguns segundos planos?
Nota: Apenas quatro pessoas a verem este filme que passou de modo muito efémero no circuito comercial.
Friday, February 04, 2011
Sunday, January 30, 2011
Herelife
Clint Eastwood é dos melhores contadores de histórias que conheço. A imagem, a música, a articulação e sequência de planos, estão lá, tão só para contar uma história... e a história é tão mais convincente quanto melhores e mais despercebidas estiverem as componentes.
Neste caso para mim não foi assim. A hsitória não me interessa. Talvez faça parte daqueles que, como no filme, escondem "estas verdades", ou pelo menos acham um desperdício de tempo preocuparem-se com o que vai ser... o (meu) "futuro/herelife".
Depois achei aqueles três relatos descosidos, cada um para seu lado, cheios de coincidências improváveis que terminam num fim patético.
Tive saudades do GranTorino.
Neste caso para mim não foi assim. A hsitória não me interessa. Talvez faça parte daqueles que, como no filme, escondem "estas verdades", ou pelo menos acham um desperdício de tempo preocuparem-se com o que vai ser... o (meu) "futuro/herelife".
Depois achei aqueles três relatos descosidos, cada um para seu lado, cheios de coincidências improváveis que terminam num fim patético.
Tive saudades do GranTorino.
Tuesday, January 25, 2011
Monday, January 24, 2011
A Europa pobre, a Alemanha e o Jovens
Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda e outros abriram mão de várias coisas para entrar na Europa: a agricultura, a pesca e bastante indústria. Ficámos países de serviços, mão de obra e turismo. Quando a crise estoura somos os primeiros a sofrer por falta de fonte de rendimento, enquanto países pequenos o pouco que produzíamos e desapareceu era o muito que nos sustentava e, afinal, o sector primário era a ajudinha que nos faltava e nos aguentava em pé. Não sei se sabem mas a Alemanha quer contratar jovens portugueses e espanhóis, tendo até uma campanha europeia preparada. Tudo muito lindo, se isto não quisesse dizer que para além de nos tirarem a fonte de rendimento "back then", também desejam, agora, esvaziar-nos o país e levar-nos a mão de obra qualificada. O pior é que: a) os alemães vão tratar-vos como burros, desenganem-se; b) o país não nos trata como deve e nós temos realmente vontade de partir. Se nos derem ordenados decentes e que sabem que, no fundo no fundo, podem pagar, a gente gera riqueza e ninguém quer ir gerar riqueza para os alemães. O que a Alemanha está a fazer, tem de ficar aqui dito, é feio e a Merkel é uma ****, está a armar barraco em toda a Europa e estão a dar uma de riquinhos que desprezam toda a gente, ainda para mais já não fazem férias nos países que depenaram. Mas que fique também aqui dito que se Portugal não trata bem os jovens eles preferem mudar para um país de filhos da mãe.
Saturday, January 22, 2011
José e Pilar
As mulheres preparam o jantar antes de sair de casa. As mulheres decidem deitar fora outros programas para ir ver José e Pilar. As mulheres regressam a casa muito bem. Muito apaziguadas. Esquecidas, mas não inconscientes, dos males do país e do mundo. Triunfa o amor, o trabalho, a convicção, o sentimento, a razão. As mulheres acabam o excelente jantar que iniciaram antes. Jantam com um sorriso nos lábios e um sopro de luz no coração. Está vento em Lanzarote e está vento lá fora... e uma grande lua laranja a minguar. Obrigadas, as duas mulheres agradecem a José e Pilar e..
Friday, January 21, 2011
aviso: eu não sou fã de anti campanha. sou fã de estudar os candidatos e apoiar um, se concordar com ele. mas, em tempo extremos, medidas extremas e, neste caso, para mim, o mais importante das presidenciais este domingo, é tirar de lá aquele conservador, por achar o meu país já não merecer um presidente à la pré abril. por isso, a campanha anti cavaco. à esquerda têm 4 candidatos que me parecem mais humanos que ele. não quero, nem quis tomar a decisão por vós. só vos peço que domingo se dirijam às urnas e, caso se sintam preparados, votem num candidato. precisamos de esperança.
Wednesday, January 19, 2011
Tuesday, January 18, 2011
Monday, December 06, 2010
András Schiff
András Schiff. Variações Goldberg. Um mundo se abriu e continua aberto. Agradeço o privilégio que se me ofereceu...
Sunday, November 28, 2010
Casa da Música - Orquestra Gulbenkian
Ontem, contrariando o cansaço, decidimos ir à Casa da Música ver e ouvir a Orquestra Gulbenkian interpretar Lindeberg, Alban Berg e Bruckner.
Estávamos apreensivas quanto a Bruckner. A surpresa quando os 55 minutos da sinfonia de Bruckner passaram num ápice. A maestrina Simone Young, ao segundo andamento deixou a batuta e dançou com a orquestra interpretando e dirigindo. Uns braços e umas mãos soberbas, permitiram-se os gestos impossíveis num homem. Cordas, cordas, madeiras, madeiras, um som cheio, pesado, épico, monolítico, como toda a sinfonia.
Maria José Falcão - admirava-lhe a voz (em entrevistas na rádio) mas desconhecia a figura. Ficámos impressionadas com a presença e a delicadeza com que se abraçava ao violoncelo. É mesmo verdade que, em casos de eleição, instrumento e músico são um todo indecifrável e indiferenciável.
Uma palavra ainda para Christian Tetzlaff possuído por Alban Berg.
Estávamos apreensivas quanto a Bruckner. A surpresa quando os 55 minutos da sinfonia de Bruckner passaram num ápice. A maestrina Simone Young, ao segundo andamento deixou a batuta e dançou com a orquestra interpretando e dirigindo. Uns braços e umas mãos soberbas, permitiram-se os gestos impossíveis num homem. Cordas, cordas, madeiras, madeiras, um som cheio, pesado, épico, monolítico, como toda a sinfonia.
Maria José Falcão - admirava-lhe a voz (em entrevistas na rádio) mas desconhecia a figura. Ficámos impressionadas com a presença e a delicadeza com que se abraçava ao violoncelo. É mesmo verdade que, em casos de eleição, instrumento e músico são um todo indecifrável e indiferenciável.
Uma palavra ainda para Christian Tetzlaff possuído por Alban Berg.
Monday, November 22, 2010
Thursday, September 30, 2010
Ruínas de Manuel Mozos
Ontem tive, finalmente, a oportunidade de ver o documentário ruínas. Perdi, nas ruínas do tempo, os comentários que li na altura da sua exibição no circuito comercial. Vi-o em condições especiais. Não as melhores, sob pondo de vista do objecto artístico, mas cenicamente envolventes: um ambiente de pré-ruína ou de obsolescência física. No dizer do perito comentador, ao contrário dos humanos, nos edifícios, a obsolescência social precede a física. Assim foi, uma fábrica que deixou de laborar em 1990 é agora uma ameaça, mostra as entranhas em decadência. A fábrica foi o lugar da exibição.
À noite explicava o filme aos meus filhos. Comunicar a experiência faz parte do seu conhecimento (comentava hoje com uma amiga ao almoço- interessante!) O filme apresenta no presente imóveis abandonados em planos fixos - vários planos para cada situação. O texto que o acompanha relata episódios passados no que foi o presente (aqui entendido como a época viva desses edifícios). Relatos do passado que nos transportam para um passado-presente quando visualizamos o presente-passado dos edifícios.
Inesquecível. Vou vê-lo novamente para confirmar mas não o verei no mesmo cenário.
Os panos negros que cobriam as janelas, a abanar ao vento, fizeram-me recordar as primeiras cenas de "O leopardo".
À noite explicava o filme aos meus filhos. Comunicar a experiência faz parte do seu conhecimento (comentava hoje com uma amiga ao almoço- interessante!) O filme apresenta no presente imóveis abandonados em planos fixos - vários planos para cada situação. O texto que o acompanha relata episódios passados no que foi o presente (aqui entendido como a época viva desses edifícios). Relatos do passado que nos transportam para um passado-presente quando visualizamos o presente-passado dos edifícios.
Inesquecível. Vou vê-lo novamente para confirmar mas não o verei no mesmo cenário.
Os panos negros que cobriam as janelas, a abanar ao vento, fizeram-me recordar as primeiras cenas de "O leopardo".
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