Estranhamente calma e de férias. Aproxima-se o dia da viagem. Não tenho medo de andar de avião, ainda que a ideia de que durante horas estaremos sobre o atlântico me faça sempre alguma espécie. Quando fui ao Perú era não só o Atlântico mas também a floresta amazónica, um outro mar verde e impenetrável.
Não preparo a ida para além do essencial e também não arrumo nada do que fica. Porque a vida é sempre uma permanente viagem e cada lugar deve estar sempre pronto para deixar. O que nos custa é esta consciência de que tudo é efémero por mais essencial que se afigure no nosso presente. Mais do que as coisas os sentimentos. Um sentimento que hoje sentimos vital amanhã pode apenas ser uma recordação, sem qualquer dor ou mágoa. Mas hoje pensar nisso dói, uma dor por antecipação da perda, que provavelmente nunca se terá. Uma dor por pensar que pode até nem doer. Uma dor do futuro.
Não preparo a ida para além do essencial e também não arrumo nada do que fica. Porque a vida é sempre uma permanente viagem e cada lugar deve estar sempre pronto para deixar. O que nos custa é esta consciência de que tudo é efémero por mais essencial que se afigure no nosso presente. Mais do que as coisas os sentimentos. Um sentimento que hoje sentimos vital amanhã pode apenas ser uma recordação, sem qualquer dor ou mágoa. Mas hoje pensar nisso dói, uma dor por antecipação da perda, que provavelmente nunca se terá. Uma dor por pensar que pode até nem doer. Uma dor do futuro.
Um modo de tomar consciência da nossa insignificância.
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