Saturday, February 23, 2008

magnólias

As magnólias já lá estão. Depois do apelo de Graça Dias, traduzido no semanário de maior tiragem no país, choveram as magnólias para o pátio da Capela Mortuária de Santa Eulália, em Oliveira do Douro, projectada por José Fernando Gonçalves. Ainda pequenas, esgueiram-se para o céu e mostram as pétalas brancas e oxidadas caídas de dias no relvado. Era assim que as queria o arquitecto: pétalas brancas, puras que morrem no chão, na terra, para descanso dos olhos dos que enterram os seus mortos. Símbolos, simples e despretensiosos que nos agarram à vida nas horas de viver outras mortes.

Foi deste modo que hoje de manhã as conheci: a capela mortuária de Santa Eulália e a Capela de Quebrantões. Na pacificidade conquistada aos subúrbios, estas obras levantaram um turbilhão de perguntas e de reflexões: sobre a arquitectura, sobre o exercício da profissão, sobre as cidades e os subúrbios, sobre a morte e sobre a vida…em sábado de manhã.

No próximo dia 5 de Abril a Cultour vai com o arquitecto reconhecer estes lugares.

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