A exaltação do mínimo,
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me a forma
o meu resplendor.
Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria – na metáfora -
necessária, e leve, a cada um
onde se ecoa e se resvala.
A Magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exilado aroma
perdido na tempestade,
um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim.
Luísa Neto Jorge
Poesia, 1960-1889
Ainda porque as magnólias enquadram os nossos dias de inverno.
2 comments:
"...perdido na tempestade,
um mínimo ente magnífico..."
e se o caso fosse uma tempestade de silêncio, de esquecimento, de intransigência, uma tormenta de desinteresse por aquilo que se exceptua ao branco,
ou ao mínimo de verdade!
É pena não poderes comentar com uma das tuas magníficas fotografias... de uma magnólia "mínimo ente magnífico" ...
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