Apetece-me escrever conjuntamente sobre “Uma segunda Juventude” e “ A ilha dos jacintos cortados” livro de Gonzalo Torrente Balester. Teria mais lógica escrever sobre o filme de Copola e o livro de Mircea Eliade que o funda, mas não li o livro e não me apetece lê-lo. Tanto o filme como o livro de Balester, têm todos os condimentos que me fazem gostar de…
não que sem uma espécie de resistência original que se vai dissolvendo com a duração do acto de ver ou do acto de ler e depois, ainda mais, quando pedaços nos assomam em confronto. As viagens no tempo, a simultaneidade de erupção de acontecimentos passados no presente, a procura do início, da razão das coisas, estão presentes nos dois objectos, combinando-os, mais o livro, com um modo leve e onírico de nos ler no mundo. No filme este voltar no tempo assume uma dimensão física que se materializa na segunda e efectiva juventude. No livro o presente é espectador do passado, ainda que se diga que passado, presente e futuro são simultâneos: a história é uma grande tela plana onde tudo se desenrola ao mesmo tempo.
No filme confesso algum cansaço. Achei-o longo e às vezes perdido em efeitos estéticos algo desconjuntados. O livro achei-o denso, mas tão agudo sobretudo na narração do presente/ presente que ainda anda por cima das mesas, das estantes, no carro, para reler passagens, que pressinto não apreendidas naquilo que (me) podem significar.
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