As viagens. As viagens são entendidas como “tempos mortos” para a maioria dos mortais. Para mim estes “tempos mortos” são essenciais. O tempo de casa para o trabalho, do trabalho para casa, o tempo que passo em filas de trânsito, as esperas pelos miúdos, as esperas no médico. Preparo-me para as esperas e preencho-as às vezes com nada. E sabem-me bem.
Na quinta-feira, dia do nosso regresso, foi um dia de viagem. Preparámo-nos para isso. Era apenas isso que iríamos fazer: fechar malas, transportar malas, esperar, esperar em filas, iludir balanças, olhar, comentar, conversar, ler… e foi um dia profícuo. Qualquer coisa muda dentro de mim quando simplesmente estou nestes tempos de espera. Nesses momentos tudo está ordem e eu nessa ordem sucessiva e sucessória.
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