Friday, November 16, 2007

diospiros

Nas minhas prendas de anos conto com três árvores de fruto: uma macieira, um limoeiro e um diospireiro. É deste último que vou falar.
Tem cinco anos e é a quarta vez que dá frutos. Ainda é pequeno, mas este ano tem sido pródigo em frutos de um modo educador. Vai oferecendo parcimoniosamente pequenos conjuntos de frutos maduros que me obrigam à contenção. Porque eu sou daquelas que não resisto à cor, à textura, ao sabor, ao prazer da oferta. Dá-me imenso gosto dividi-los em sacos pelos amigos queridos que são da mesma categoria que eu - adoram diospiros.
De manhã antes do pequeno almoço como um. À noite quando chego para fazer o jantar deleito-me com outro. Conheço-os na árvore e espero lentamente que amadureçam.
Há um, lá no alto, que espio. Não lhe chego e há semanas que me desafia. Talvez o comam os pássaros ou caia ao chão e se desfaça. Entretanto contenta-me os olhos só de o ver e faz-me sonhar!

3 comments:

Ninguém said...

Tenho na memória a imagem de um diospireiro no fundo de um longo quintal cujos ramos sustinham esferas de uma cor sanguínea. Nesse fim de tarde apareceu um homem que viria a referi-lo na história inesquecivel que me contou.
Nesse estado, é uma das árvores mais bonitas...

maria said...

Também acho! O meu perde agora as folhas ... e também já perdeu o tal diospiro que eu namorava... esborrachou-se no chão.

Anonymous said...

E eu que tanto adoro diospiros...É também nesses prazeres (ou na falta deles) que sito a distância...