Tuesday, November 13, 2007

paixões

Pode-se exigir aos adolescentes que eles dêem sem esperar retorno? Pode-se pedir aos adolescentes que esperem? Pode-se explicar-lhes que há ritmos diferentes e que às vezes eles não estão certos, mas se soubermos esperar o momento certo eles, por vezes condizem? Pode-se ensinar a viver o desgosto com calma, como um luto que nos constrói por dentro?
Talvez não. A adolescência são momentos de fogo e de gelo, de abnegação e de crueldade, tudo misturado e sucessivo ou, por vezes coincidente.
Hoje Miguel Real, que apresenta o seu novo livro sobre o amor de Snu e Sá Carneiro, dizia, o que outros disseram e dirão, que a história só reconhece como grande amor o amor trágico!

3 comments:

Anonymous said...

É facil tornar grandioso (dramático) e por isso, mais impressionável, um amor trágico.
Mais difícil é demonstrar um amor sereno porque muitas vezes se prolonga no tempo, porque não parece ser feito de momentos arrebatadores.~Mas todas as histórias de amor são importantes. As de adolescentes e as de adultos. Quantas vezes se pode viver o amor? E...o amor vive para sempre? Vive, mesmo depois de acabar a reciprocidade?
A mim, ainda hoje me doem alguns amores perdidos de adolescente. Não se deve subestimar a capacidade de amar, de se apaixonar de um adolescente...O que se sente nessa altura da vida é deveras importante para o crescimento de cada um. Todas as paixões, amores ou o que se lhes quiser chamar são importantes. Têm é um momento próprio para acontecerem. O complicado é não querer viver esses momentos, é decidir sublimar todos os sentimentos. Um dia dá para o torto...

Anonymous said...

Também acho. Durante muito tempo pensava que a sublimação era o santo remédio para muitas frustrações. Hoje penso diferente. Não há um tempo certo para o amor - vivê-lo é preciso em todas as idades e aceitá-lo incondicionalmente também.

Anonymous said...

É mesmo...E é uma pena quando se esconde o amor, a paixão, os sentimentos por detras da fachada dos costumes aceites, da moralidade hipócrita impingida por supostos valores da sociedade...É uma pena, mesmo. Tornamo-nos adultos pouco felizes. E por isso, fazemos os outros menos felizes, também...