Adega Maior – Campo Maior – 2003/2006
Fixar o edifício na paisagem aberta e imaculada do Alentejo constitui o primeiro desafio para o arquitecto. Foi preciso encontrar, através da leitura sensível e premonitória de que talvez só ele seja capaz, o “acidente” que determina o local certo para pousar o objecto estranho: estranho à cor, estranho à forma, estranho às culturas e construções locais. É o cruzamento de dois elementos artificiais construídos pelo homem, uma estrada e uma escavação, que dita a localização do edifício.
É uma adega, programa funcional decorrente da actividade agrícola local. A conjugação de espaços com características formais e funcionais específicas permite a articulação de escalas que, se exteriormente afirmam claramente o edifício na paisagem, internamente constroem uma sucessão de espaços sombrios e recolectores, como convém à função e à agressividade climática.
A cobertura verde e com um plano de água acentua o oásis na aridez crua da paisagem.
No comments:
Post a Comment