Saturday, March 15, 2008

A maestrina

Regressei à Casa da Música para ver e ouvir a ONP interpretar com o Coro da Faculdade de Letras Bach e depois sozinha a 1ª Sinfonia de Mahler, dirigidos por Joana Carneiro.
Conhecia-lhe a cara de olhos grandes e expressivos, o cabelo liso e a sua fala viva - uma mulher muito interessante. Ontem vi uma maestrina enérgica, elegante que em cada gesto excedia o próprio gesto. Frente a uma orquestra imensa, de múltiplas cores e sons, ela impunha-se com a sua leveza e emotividade. Tudo ligava.
Será esta a diferença entre uma mulher e um homem a dirigir uma orquestra: Joana Carneiro entrega-se e eleva-se em movimentos redondos e precisos sem pesar no chão - é energia pura, feita "gente".
Com Bach, eterno, celebramos a eterna páscoa. De Mahler a recordação da infância quando reconheci uma das sinfonias preferidas do meu pai - muito onírica, muito colorida, muito saltitante e ao mesmo tempo com o lado sombrio e fúnebre que sempre acompanha o autor.
Gostei

1 comment:

Anonymous said...

Concordo em absoluto consigo na apreciação que faz de Joana Carneiro. Ela é muito bonita em palco à frente de tantos músicos, ela parece elevar-se em gestos redondos, como muito bem observou.
M.Júlia