Sunday, February 18, 2007

Diamante de Sangue

de Edward Zwick
Resolvemos ir ao cinema ver um “filme”. Diamante de Sangue é realmente um filme, com tudo o que o cinema americano tem de bom e de mau. É um filme americano. Chorei. Deixei que o lado melodramático puxasse pela corda do sentimento e as lágrimas escorressem livremente pela minha cara. Sob esse ponto de vista o filme é muito bem feito. Ficamos postos e expostos diante de uma realidade verosímil e muito dura que move os nossos mais profundos e bons sentimentos: solidariedade, amor, família, no que ela significa de laços de afecto verdadeiro.
Por outro lado a sua inverosimilhança vem do facto de percebermos que é impossível que aquela história acabe bem. Porque ela na realidade não acaba bem. Porque ela continua em África, apesar de a Serra Leoa estar “em paz”. Mas no filme acaba “bem” com a família reunida e recuperada em Londres!
E depois, Djimon Hounsou ( Solomon) é bom, é África: é grande, bonito, imponente, tem um pescoço alto e ombros oblíquos, tem uns olhos expressivos e escuros que transmitem o espanto e a incredibilidade perante o que está acontecer à sua família, perante o que está a acontecer em África.
Gostei muito.

2 comments:

Ninguém said...

Não tem certamente nada a ver com o filme ...















... hoje fui ao Douro visitar uma pessoa. Uma sucata de gente já sem alma. Só lá estão os corpos...
Uma visão terrivel de uma parte insuportável do "argumento" da realidade.


«lar da misericórdia» - a placa pregada num plátano ...

!

maria said...

Entendo-te.