Sou uma mulher feliz! Quantas vezes penso assim? Muitas. Aqui nesta casa, só agora se ligou a televisão... e não por mim. Estivemos sentados à mesa a conversar. Reflectiamos sobre o futuro dos mais novos. Reflectiamos sobre como em Portugal se mata a vida, se ganha a vida a fazer "nada". Corre-se, sofre-se para conseguir sobreviver a fazer bibelots de marfinite, que se vendem em feiras portuguesas e espanholas: candeeiros de marfinite, com bases que são damas antigas, gatos, flores, ou outros temas igualmente "necessários"ao padrão de vida que criamos. Mas para quê? Não há outras actividades mais essenciais à vida? E os filhos, inadaptados, não entendem o que estudam na escola, não gostam do que estudam na escola, decoram à pressão as matérias para tirarem um três que lhes garante a passagem e um lugar na vida, talvez a fazerem candeeiros de marfinite!
Tive uma reunião com um rapaz, muito mais novo do que eu, que criou uma empresa, para fazer a ligação entre o mercado português e o chinês. Boas ideias e profissionalismo. Pensava... se tivesse menos vinte anos! Mas tenho mais vinte anos e cabe-me induzir, picar, contaminar... porque acredito no futuro. Em ti também, Joana.
Tive uma reunião com um rapaz, muito mais novo do que eu, que criou uma empresa, para fazer a ligação entre o mercado português e o chinês. Boas ideias e profissionalismo. Pensava... se tivesse menos vinte anos! Mas tenho mais vinte anos e cabe-me induzir, picar, contaminar... porque acredito no futuro. Em ti também, Joana.
1 comment:
talvez tenha de começar a dedicar-me a marfinite...porque agora pouco ou nada acredito.
Talvez um dia...recomece de novo a acreditar, que sabe...mas agora, agora não. E não acredito porque todos os dias, entre os sorrisos que ofereço, nada recebo que me gratifique. às vezes acho mesmo que o mundo está a desabar...Recolho-me na minha concha, que nunca antes havia usado...
Post a Comment