Ontem ao passear na página da Casa da Música, verifiquei que ainda havia bilhetes para o concerto da Orquestra Barroca de Amesterdão com Ton Koopman. Quase comprei bilhete. Mas a responsabilidade impediu-me porque sabia que as tarefas eram muitas, “urgentes e importantes”. Hoje de manhã quase cedi à tentação de aproveitar os bilhetes que ofereciam na Antena 2 para esse mesmo concerto. Esqueci. Às 17 horas um bilhete caiu-me do céu. Bem haja ao anjo que mo ofereceu. Percebi que com um pouco de jeito conseguia ir ao Porto, de cabeça leve, para me deixar envolver.
Assim foi. Recados e um beijo da mãe resolveram os problemas práticos.
Lá estavam montanhas de arquitectos, alguns reincidentes, outros que não via há muito. Gente mediática.
Um concerto muito bom, para os meus ouvidos e para a minha alma. Porque cada vez mais o barroco me aproxima da eternidade. Regresso às origens? Rameau – revelação. Bach pai e filho e Hayden - o Adágio enlevou-me.
Mas para além disso novamente a coincidência de encontrar, por acaso e ao meu lado uma amiga, pedaço de passado (daquele que constrói ainda, todos os dias o presente) que eu prometera a mim mesma revisitar em breve. O destino constrói história.