Sunday, October 08, 2006

casa do sobreiro

Quando tudo se desenrola na certeza de que os dias se sucedem sempre.
Quando os intervalos de tempo cronológico são absorvidos pela intensidade do passado – o passado é devolvido ao presente em toda a sua plenitude, sem sobressaltos.
Porque o sobreiro permanece estático vendo passar os séculos, com os ramos estendidos sobre o jardim de verde intenso. As pedras, os musgos, o tanque, a mãe…
O tempo não passa a não ser em nós. Tanto quanto nos fecunda construindo velhos sobreiros de ramos estendidos, que num minuto, juntam séculos.

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