Wednesday, February 28, 2007
Menina 2
Tuesday, February 27, 2007
A Poesia está na Rua
A Poesia está na Rua, esteve dentro da biblioteca literalmente e não só… fizeram-se poemas vivos.
Deixo o link da Câmara para procurarem notícias vale a pena! www.cm-stirso.pt.
Monday, February 26, 2007
Sunday, February 25, 2007
assim
Vamos comunicar passando pelo mundo...(dos blogs). Aqui estamos as duas expostas. Isso não nos preocupa. Zangaste-te? Provavelmento com razão. Nós cá do outro lado preparavamo-nos para um daqueles jantares de sábado... em que a mãe ocupa mais do seu tempo na cozinha para receber "bem" as visitas. Estiveste cá. Nos "links", na recordação das tuas mãos doces, dos teus desenhos, das tuas fotografias... Joana na Ilha em Portugal também...na Várzea, ou no Xisto.
Portugal chega a Salford no arroz de couves e na carne estufada que aprendeste a fazer e que te fazem sentir em casa. Somos assim. Assim, assim, assim, assim...
A viagem já está marcada e em Abril o Xisto vai chegar a Salford!
Caderno
Acho que é a primeira vez que acabo um caderno. E a primeira vez que não quero acabar. Normalmente desisto lá para metade de meio. Este teve nas minhas mãos desde o fim de Setembro e foi crescendo. As folhas traçadas, os cantos amachucados. Colar, desenhar, escrever e pintar. Relembrar, memorizar. Tudo para guardar. Adeus, companheiro.
Friday, February 23, 2007
assim
Thursday, February 22, 2007
Wednesday, February 21, 2007
Before Recycling
Voltarei a explorar o reuse. E fico feliz. No primeiro ano, quando estudámos o assunto pela primeira vez, era tudo muito no ar, ainda. Estou mortinha por enfiar o nariz nos projectos da Droog. Têm as peças mais bonitas, mais poéticas. Dêem uma espreitadela.
planeamento do território
Mas de um modo informal e empírico este trabalho constituiu, para mim hoje, uma avaliação da minha actividade de vinte anos. Vinte anos é muito tempo na vida de uma pessoa e é muito pouco na vida de um município. Por isso esta reflexão me fez ver quão insignificante sou individualmente. Só construindo um projecto colectivo conseguimos interferir positivamente no curso da nossa história. O planeamento territorial é isso: um projecto colectivo que só faz sentido se pensado no tempo.
Tuesday, February 20, 2007
A Magnólia
A exaltação do mínimo,
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me a forma
o meu resplendor.
Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria – na metáfora -
necessária, e leve, a cada um
onde se ecoa e se resvala.
A Magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exilado aroma
perdido na tempestade,
um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim.
Luísa Neto Jorge
Poesia, 1960-1889
mimos
"(…) O que há de extraordinário ali é que o mistério é à luz do sol. Na Acrópole ao meio-dia, com o sol a pino, toda a gente fala em voz baixa. Os próprios turistas, tão exuberantes em Itália, ficam transformados.
A Itália também me maravilhou – mas é diferente. Veneza e Florença são mundos construídos pelo homem centrado em si mesmo. Não são mundos religiosos. Na Grécia tudo é construído como religação do homem à natureza. Em Veneza e em Florença a natureza pouco seria sem o que os homens construíram: o que há é cidade. Mas os templos gregos só são compreensíveis situados no mundo que os rodeia. A ligação entre a arquitectura e o ar, a luz, o mar, os promontórios, os espaços é total. E essa ligação é simultaneamente racional e misteriosa, profundamente íntima.
Há também na Grécia uma atmosfera extremamente primitiva, um misto de doçura e de austeridade, de afinamento exacto e de rudeza. E uma identidade entre o físico e o metafísico.
(…)
Será possível que eu lá volte? Assim espero. E de todo o coração desejo que você um dia lá possa ir. Pois o que ali há, além de tudo o mais, é uma intensa felicidade de existir que nos lava todas as feridas."
Correspondência 1959-1978; Sophia de Mello Breyner/Jorge de Sena; Edições Guerra e Paz; pág. 70; 2ª Edição
E de todo o coração desejo que vocês um dia lá possam ir...
Dúvidas
Tive uma reunião com um rapaz, muito mais novo do que eu, que criou uma empresa, para fazer a ligação entre o mercado português e o chinês. Boas ideias e profissionalismo. Pensava... se tivesse menos vinte anos! Mas tenho mais vinte anos e cabe-me induzir, picar, contaminar... porque acredito no futuro. Em ti também, Joana.
Sunday, February 18, 2007
diáspora
Domingo de carnaval, tradicionalmente em Vermoim, é dia de cozido. Na terça-feira de Carnaval é dia de feijoada. Fiz cozido. Fui a casa do meu irmão ele estava a fazer cozido. Telefonei aos meus pais, eles estavam a comer cozido. Vermoim, foi em várias casas e também foi
Diamante de Sangue
Por outro lado a sua inverosimilhança vem do facto de percebermos que é impossível que aquela história acabe bem. Porque ela na realidade não acaba bem. Porque ela continua em África, apesar de a Serra Leoa estar “em paz”. Mas no filme acaba “bem” com a família reunida e recuperada em Londres!
E depois, Djimon Hounsou ( Solomon) é bom, é África: é grande, bonito, imponente, tem um pescoço alto e ombros oblíquos, tem uns olhos expressivos e escuros que transmitem o espanto e a incredibilidade perante o que está acontecer à sua família, perante o que está a acontecer em África.
Gostei muito.
Friday, February 16, 2007
educar
Educar, tarefa difícil. Entender que as pessoas não se constroem apenas na escola. A escola, os conteúdos e o modo como se aprendem, fazem parte dessa construção. Mas as pessoas fazem-se também cá fora, nas conversas, no diálogo com os outros, na aprendizagem do corpo, na vivência dos afectos e neles, nas cambalhotas que dão as relações. Aprender a viver a aceitação e a recusa, saber lidar com esta, sem esconder a cabeça na areia, são momentos essenciais na construção da maturidade. Por isso penso que, mais importante do que tirar muito boas notas, é saber estar, crescer. Há uns tempos o Pedro tinha um teste e como de costume deveríamos rever a matéria que ele já tinha estudado a seguir ao jantar. No entanto, estávamos os dois numa conversa muito interessante e rica. Então eu disse-lhe que mais valia continuar a conversa, mesmo que isso custasse abdicar do tradicional Muito Bom. Assim foi, o Pedro não teve Muito Bom, e nós continuamos a conversar. Teria tido Muito Bom? Provavelmente não, mas mesmo que sim, troco-o bem pela cumplicidade que continuamos a partilhar. Tenho a certeza que as nossas conversas são mais importantes para a construção do homem do que a sabedoria que se transmite na escola, ou que um 5 no fim do período.
Thursday, February 15, 2007
europan 9
As vidas dos outros
Interessante. Perceber a sobriedade do cinema europeu, na boa tradição da sua herança.
O filme fala de pessoas, para além de falar de censura, de intromissão e de política. Ou não fossem, muitas das vezes, as ambições e desejos pessoais que determinam a política. Aqui o individualismo do projecto pessoal sobrepõe-se ao colectivo: para Christa, a actriz, a representação, é a sua forma de realização e está no topo da escala de valores. Esta é a marca da contemporaneidade, que sob a capa de um projecto político colectivo, no caso do ministro, se manifesta do mesmo modo: a sobrevalorização da libido em relação à defesa e inviolabilidade do regime – a investigação começa pela necessidade da consumação do desejo e não por qualquer motivo político.
O investigador, Wiesler, que o realizador evidentemente escolhe para o cruzamento e confronto da dualidade individual/ colectivo ou, se quisermos, particular/público, é a personagem chave nesta trama: ele intervém nestas fracturas e, através de pequenas acções cirúrgicas, quase determina o curso da(s) estória(s). O desenrolar da acção torna-se assim num jogo, no qual, a mudança quase imperceptível de posição de uma peça, condiciona a sua leitura e o seu desfecho. Como cidadão anónimo, ou se quisermos como carta jogada fora do baralho, ele recolhe finalmente, num livro oferecido, a verdade da história que ele próprio manipulou.
Sabe bem ver um filme assim: discreto, bem interpretado, sóbrio e sombrio, tendo por fundo a arquitectura austera de Berlim oriental.
Tuesday, February 13, 2007
As árvores do Porto.
No estrangeiro temos pontadas de saudades. Conheço as árvores de Manchester. Há sempre pássaros a chiar e guinchar nas manhãs, bandos grandes de penas. Mas as árvores molhadas do Porto são as árvores molhadas do Porto. Os passeios frescos das últimas manhãs de Dezembro. Lembro, faltam-me. Isso, a sopa de casa e o peixe. E depois aqui não há aquelas pessoas que... Na distância tudo fica tão preci(o)so. Quando voltar, quando o cheiro a Portugal chegar às minhas narinas, tudo será ainda mais casa.
Monday, February 12, 2007
SIM
Sunday, February 11, 2007
Os estranhos
Guillemots na Manchester Academy
Ontem fui ao primeiro concerto por estas terras. Confesso, é bom estar no centro do mundo, em que todas as bandas das quais gosto tocam. É quase impossível ver tudo o que se quer, tamanha é a oferta. Ontem, eu e Andrea conseguimos bilhetes de última hora para os Guillemots. Os Guillemots são a minha banda sonora de Abril, Maio e Junho do ano passado.
Entrámos sem muitas expectativas, culpa dos bilhetes de última hora. A sala não é bonita, é só uma grande garagem, talvez muito fruto da cultura punk dos anos 80 (Joy Division, yeah!). Aí senti, pela primeira vez nestas coisas, saudades de Portugal. O público porta-se pior que o nosso, também. Falam e berram histericamente quando não devem. Mas os Guillemots são grandes e bons e surpreendem-nos. São muitos e entram na música: a contra-baixista fecha os olhos enquanto sente as cordas, o saxofonista olha para o céu, o vocalista senta-se num cadeira de baloiço. Fazem uma festa. E nós fizemos a festa com eles.
Aqui um pequeno vídeo que fiz, no concerto, à socapa.
Saturday, February 10, 2007
ontem
De manhã política.
De manhã numa casa do final de século, com lindíssimos azulejos e um jardim pontuado por japoneiras soberbas ( foi pena não ter levado a máquina fotográfica).
Em Paredes, na Casa da Cultura. Muito mal recuperada. Um interior desastroso, funcionalmente péssimo.
De tarde política aplicada, ciência e empresas. Público e privado. Muitos técnicos e muitos políticos.
De tarde no Porto, na Alfândega, Museu dos Transportes. Na sala do arquivo, magnífica.
Gostei mais da tarde. Vi amigos de muitos lados, de muitos anos, feitos de muitos modos. No decorrer do percurso escolar, do trabalho, dos movimentos e organizações juvenis, da profissão.
O Norte. O Porto no seu melhor e pior por entre o sol e a chuva do fim de tarde.
Friday, February 09, 2007
hoje
"Clea"; Durell, Lawrence; Difel; pág. 282
Thursday, February 08, 2007
Que vergonha!!
Wednesday, February 07, 2007
Joe Colombo na Manchester Art Gallery
Joe Colombo é um ícone do Design. Não do meu, mas é. Está na Manchester Art Gallery uma exposição retrospectiva de Joe Colombo e fui vê-la hoje. E ainda bem. As peças são mais bonitas ao vivo. E a universale chair é mais bonita quando nos sentamos nela. Um mimo. (Os meus apontamentos e um postal comprado para tentar explicar...)
Tuesday, February 06, 2007
cristais
Quando penso nas relações humanas, esta dança apresenta-se-me no meu imaginário. Sempre em mutação. Sobressai uma virtude ou defeito, uma característica ou amorfismo. Mudam os afectos, reagem as vontades, sobrevêm paixões ou neutralidades.
Paixões que acalmadas pacificam e equalizam os sistemas moleculares, tornando-os estáveis, propícios a uma nova reacção… química. Falamos de química acertadamente, a química do corpo e a da mente. Falamos de contexto, o mesmo será dizer de ambiente, substâncias e reagentes que, considerados em comum, determinam a reacção, a paixão. Dança das moléculas, dança dos corpos em activos pensamentos. Não somos mais que matéria e espaço. Espaço tenso, sujeito a forças atractivas e repulsivas numa aparente e móvel estabilidade.
Olhem-me nos olhos, também eles compostos de ínfimas partículas que se arranjam para devolver sintonias e vontades. Quando olho e não vejo nada, para além da espessa cortina do nevoeiro inter-estrelar, penso que morro no processo de imaterialização desta matéria.
sou uma expert
Friday, February 02, 2007
Janeiro em canções
Download aqui. No canto superior direto têm uma caixa, insiram as letras e números à esquerda e carreguem no botão que diz download, et voilà! Enjoy.
SIM
Duas razões para ser sim:
1- Porque é que em Espanha, sendo a lei idêntica à nossa, é possível praticar o aborto por vontade da mulher até às …. e em Portugal não. Por razões subjectivas que são dadas como válidas subjectivamente e, na subjectividade, a opinião que deveria valer era a da verdadeira interessada. Não me conformo com a ideia de, se eu decidir fazer um aborto em Portugal, ter que sujeitar a minha vontade ao referendo dos médicos ou outros profissionais, que têm o direito de definir se essa decisão põe em causa a minha saúde mental, a minha integridade como pessoa humana, ou não. A decisão é minha ou é de outros exteriores que por mim decidem? Tenho também que referendar o meu corpo e a minha absoluta vontade?
2- É uma razão de saúde pública. É completamente cego dizer que não se pode praticar o aborto, sabendo que se pratica. E desafio qualquer mulher a pensar a situação por dentro, como algo que pode acontecer-lhe. Eu penso: se por ventura hoje engravidasse, usando os métodos anticonceptivos que uso, decidia abortar, com 99% de probabilidades. O 1% deixo para quem, no tal acompanhamento previsto pela lei que vamos decidir no dia 11 tornar possível, me conseguir convencer a não o fazer. Se fosse hoje, recorreria a uma clínica privada, que o faria sem interrogar, em segurança.
Tenho 48 anos, reivindico uma vida sexual activa, o meu direito à realização integral e nunca pratiquei um aborto.
Delicatessen
Ontem lá peguei num dos filmes da biblioteca que tinha trazido. Delicatessen é porco, estranho, nojento e é lindo. A história (as estórias) macabras, duras, suicidas e deliciosas. As cores saturadas. As pessoas saturadas. Há as bolas de sabão do Louison, o sopro no olho da Julie, com as caras muito perto, e a casa de banho com água até ao tecto que partilham, no fim.
Uma surpresa boa, vejam.