Wednesday, July 25, 2007

mudança de paradigma

Do paradigma da complementaridade ao paradigma da individualidade. Se no século passado, tendo como fundamento a cultura judaico-cristã realizávamos o Homem, com o sentido do dois em um(homem+mulher=um), essa meta/missão (na linguagem contemporânea) desvanece-se. Infelizmente apenas para aquela extensa minoria.

Se no final do século passado e princípios do século XXI, prevalece o paradigma da individualidade, confundido com o do individualismo (não raras vezes egoísmo, egocentrismo, narcisismo), acredito que só daremos o salto quando nos centrarmos na complementaridade múltipla. Recordo a reflexão sobre trabalho de equipa e transformo-o em respeito pela liberdade individual que se realiza paralelamente à realização colectiva.

Do lado dos afectos também. Eu, que sou eu, bebo em muitas fontes, preciso de múltiplos sabores para colorir a minha pessoa( a que gosto de chamar alma). Cada um na sua especificidade e para cada um, o respeito pela sua integridade e liberdade.

Esta reflexão apenas sentido no mundo ocidental, naquele em que não se pensa que, em quanto se luta pela sobrevivência, os nossos queridos morrem de fome, de SIDA ou de uma simples gripe por falta das drogas banais que a curem.

3 comments:

Anonymous said...

Gosto da forma como escreve. Limpa. Mas sem perder a graciosidade das palavras. Gosto de passar aqui muitas vezes ao longo da semana. Não me conhece (ou pelo menos, não tão bem como até gostaria). Eu pelo menos gostava de a ter conhecido um pouco mais. Porque só agora, desde que a leio, a conheço melhor, numa vertente que faz de si um individuo, alguém que vale a pena. Gosto da forma como fala dos seus filhos e fala com eles. Por vezes fala na árvore que tem ao fundo do seu quintal. Não me lembro do nome mas sei que é uma árvore. E a mim, parecem-me sempre árvores as pessoas que sinto seguras, serenas nos problemas, e de bem com a vida.
De vez em quando tenho estes desabafos aqui! Pode apagar! Mas acho que é uma pessoa bonita! E sendo verdade que o penso, deve ser sempre dito.

maria said...

Obrigada.Não me ocorre mais nada...

maria said...

O nome da árvore é ginkgo biloba,nós em português corrente chamamos-lhe ginco.