Friday, September 21, 2007

Ideia recorrente

...ou filosofia de vida.
Cada vez mais me convenço e acredito verdadeiramente, que o crescimento ( ou dito de outro modo) que a nossa realização como ser individual e integro, se faz não através do que adquirimos, mas daquilo que perdemos, recusamos.

4 comments:

Ninguém said...

A perda, involuntária, …
…A recusa voluntária determinada pelo senso ético ( e estético) é já do foro do critério, da coragem, da força, da integridade e da convicção. Não é o mal ou o bem absolutos que se desprezam ou desejam, mas a proporção ou a geometria de partes dissonantes de um e outro. A recusa é a forma escolhida da significação desvantajosa de certa cláusula mas que, ainda assim, insistimos em viver da sua, ou na sua privação. Recusa-se o que não coincide com o propósito, mesmo quando, paradoxalmente, a propósito de um certo mal, levados pela negação do erro, o fazemos para inegável favorecimento. Digamos que recusamos não o bem ou o mal por mera apologia de um em detrimento do outro, mas que nos recusamos a nós próprios, substantivamente, a estar do lado vencedor ou do lado perdedor de certa causa. Não é de chamar recusa ao que não envolva perda, qualquer que seja, no grau que tenha. Recusa é uma forma de abstinência do mais, não certamente do melhor : e sabe-se que o melhor, enquanto superlativo do humano, é a grande utopia da longa narração da nossa história.





(hoje pensei assim o que já tenho pensado tantas vezes)

maria said...

more is less - já concluía o nosso amigo Mies!

Anonymous said...

Sendo assim, perdi sempre pouco...Mas com sabor a muito!

maria said...

Claro que me enganei less is more, mas confesso que não percebo bem a diferença, talvez mesmo só na arquitectura. Na vida ser mais é ser menos!