Tuesday, September 11, 2007

O Grande Silêncio

O efeito do filme quase passou depois de uma manhã passada na conservatória e nas finanças da Maia para desipotecar a minha casa. As finanças registaram mal o prédio, enganaram-se no número de pisos da casa e agora tenho que pedir uma nova certidão na Câmara Municipal, para depois pedir a actualização do registo nas finanças, como se eu tivesse modificado a casa, que não modifiquei. Até me deu vontade de chorar, quando me vi enredada nos papéis, nos erros dos papéis, que ditam sempre mais do que a realidade. Mas ficará assim: para efeitos legais a minha casa não tem andares, mas tem um corpo com r/c e andar e na realidade tem três pisos. Viva a trapalhice!
Decerto que a paz e a felicidade só podem morar no alto dos montes mais altos, em vida de silêncio e meditação.
As três horas do silencioso filme trouxeram-me perguntas, dúvidas, perplexidades, mas deram-me também a tranquilidade que esperava obrigando-me a, desprotegida, "aguentar" a maratona fílmica das horas no interior e exterior da Grande Chartreuse, casa mãe da Ordem dos Cartuchos. Tem o tempo certo para nos levar e elevar.
De Philip Gröning, ontem à noite no Teatro do Campo Alegre.

1 comment:

Ninguém said...

Que o propósito das espumas lunares revelasse um sorriso de açúcar brevidade e, nessa ampola circunstancia, se percebesse a cintilação expectante da escassez nocturna. Do distante Neutro, quem chegará pela manhã?