Wednesday, November 09, 2005

Maria do Céu Guerra na Fábrica

Foi com surpresa que me deparei, Segunda, dia 7 de Novembro, numa das paredes do meu Departamento, na Universidade de Aveiro, com um cartaz acerca de um Ciclo de Poesia, sobre os 4 Elementos, na cidade de Aveiro. Logo, os meus olhos deslizaram um pouco mais e encontraram um nome conhecido: Maria do Céu Guerra.

Assim, nesse mesmo dia, às nove e trinta da noite, caminhei até à Fábrica, com a Helena e o Daniel “caladinho”. No caminho, ainda me cruzei com a Carolina, que vinha da print-shop, com o último projecto que nos foi proposto impresso. Dei-lhe a opinião que ela queria ouvir. Quando cheguei à Fábrica já a Maria do Céu se movia e contava poemas, deixando que eles se mexessem no seu corpo, que o tomassem, que o moldassem. Desde logo, achei-lhe a voz muito mais bonita, muito mais grave, muito mais sincera. A telivisão estraga as pessoas, torna-as pouco intensas. Seríamos quarenta na sala? Logo passei para a fila da frente, para que ela me fitasse os olhos em alguns versos, para eu não perder os pormenores dos movimentos. Quarenta com o mesmo gosto, a mesma entrega? Fiquei meia hora a conversar com ela, no fim. Tem uns olhos que parecem o mar. Quarenta a ver na poesia a única salvação? Quero deixar tudo. Deixar tudo pela Poesia. E por isso já mandei um email. O princípio.

1 comment:

maria said...

Opinião impulsiva. Porque o teu texto tem muito mais a comentar. Por agora, apenas te digo, continua. A paixão é o fermento para a vida.