Fiz suspiros. O Pedro tem uma festa amanhã e eu tinha claras de sobra.
Os suspiros são uma herança da casa dos meus pais. Aquela de que eu me orgulho ser a principal continuadora. Sempre se comenta: a receita, a temperatura do forno, a consistência, a forma e se têm “colinha”. Este é sem dúvida o objectivo mais almejado…mas se os outros não forem conquistados o trabalho não é perfeito.
Saem-me bem, quase sempre. Hoje também. Mas é muito importante a prática. Fazê-los muitas vezes para construir o método, para tirar partido, para inventar, para inovar. Mas só podemos inovar quando estamos seguros do material que temos e do modo de o fazer.
Tantas vezes fiz suspiros que agora estou a vontade. Mas os suspiros fazem-se sempre com as claras que sobram: do pudim, da aletria, do leite-creme. Nunca se guardam gemas, guardam-se claras, o parente pobre do ovo. Interessante, sendo os suspiros um dos paradigmas da família Melo.
As sobras; a experiência; o método; o conhecimento do conteúdo e do material; a inovação… como em tudo…na vida.
A fotografia não a consigo passar para o computador.
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