Thursday, September 28, 2006

Ora bem

Ora bem. Para ser certo, teria que trabalhar, porém não me apetece. Vim ver os comentários à minha auspiciosa marmelada e diverti-me. Uma onda descontracção apanha-me. Apetece-me não fazer nada, que significa o mesmo que fazer tudo sem programa. Conversar, ler, olhar no vazio, ajudar o Pedro a fazer os trabalhos de casa ( para ele ainda não acabaram), ouvir, ouvir, ouvir,…sem ter a obrigação ou o trabalho de articular qualquer som. Contudo a casa está em silêncio, pouco há para ouvir. Apenas o ruído da vida, dos passos, dos movimentos da escrita, do Nódoa a comer ou a dormir. Ou algumas perguntas do Pedro a que eu não sei responder. No meu tempo não se estudava se o modo de organização de um texto é por encadeamento, alternância ou encaixe. Nenhum média viola o espaço. Nenhum som…para além do desta máquina em que escrevo. Parece tarde - noite alta, mas são apenas 22 horas.
Amanhã será amanhã. Dar-me-ei à preguiça.

2 comments:

Anonymous said...

N_____A_____D_____A que por vezes executamos minuciosamente com a inércia do corpo e do pensamento, empenho vital e vitorioso de quem respira apenas a própria fecundidade do Infrutífero!





A indução desse vagar de ideias devia estar a cargo da mesma entidade que gera e gere o supérfluo que nos assedia...

maria said...

...e quando esse vagar de ideias é "roubado", parece sempre uma traição. Essa entidade que o gera e gere não o permite. Por isso o esforço mental que autoriza o "roubo" é próprio, imenso e fora de lei.