Acabei de ler Atmosferas de Peter Zumthor. Estava a regista-lo na base de dados e o livro chamou-me, porque ele fala do seu conteúdo: nove pontos mais três pontos anexos, que tentam transmitir, desmontar o sentido da qualidade arquitectónica. Para Zumthor: “ Qualidade arquitectónica só pode significar que sou tocado por uma obra”. Por mais pontos em que Zumthor, ou outro, tente desdobrar esta qualidade, tente racionalizar o método, percebemos que essa qualidade de gerar emoção está sempre entre tudo, para além de todo o resto, no modo como as coisas, as pessoas, o som, a luz a matéria se relacionam. E elas relacionam-se no vazio e não na ausência, ou talvez na ausência feita conteúdo, pelo que somos e pelo modo como percepcionamos o que nos envolve – atmosferas.
Livro magnífico, macio, duro, austero e quente, que nos envolve e transporta da sua para outras atmosferas.
Para os homens mais do que para os arquitectos… e extremamente didáctico.
Livro magnífico, macio, duro, austero e quente, que nos envolve e transporta da sua para outras atmosferas.
Para os homens mais do que para os arquitectos… e extremamente didáctico.
“ Ou seja, provavelmente, o meu capítulo final ou o meu último objectivo é: A forma bonita. Encontro-a talvez em ícones, reconheço-a por vezes em naturezas mortas, que me ajudam a ver como algo encontrou a sua forma, mas também nas ferramentas do dia a dia, na literatura e nas peças musicais”.
Zumthor, Peter; Atmosferas; Editorial Gustavo Gili, SL
1 comment:
ó. e tu acredistas-te nisso?
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