Não são duradouros, o choro e o riso,
Amor desejo e ódio:
Penso que não fazem parte de nós depois
Que passamos o portão.
Não são duradouros, os dias do vinho e das rosas:
Saído de um sonho enevoado
O nosso caminho emerge por algum tempo, fechando-se depois
Dentro de um sonho.
Ernest Dowson (1867/1900)
In Rosa do Mundo- 2001 Poemas para o futuro
(tradução de Cecília Rego Pinheiro)
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3 comments:
Gostei do poema, tanto mais que a sua equação metafórica, simples mas precisa, pode ser colocada ao lado de:
«O corpo dividido em duas partes
Fechadas
À chave uma na outra, avanço
Num duplo coração como se fosse
Ao mesmo tempo num barco por dois rios.»
E contribuir para um entardecer de outra esperança, neste caso minha, tendo-me citado através deste poema de Luís Miguel Nava. Eis a maior da poesia, ainda agora um poema estava no teu pensar e já saio à rua vestido com ele! Desculparás o larápio de mim, eu sei!
U, assinatura de quem usa.
Entre «a maior» e «poesia» tinha deliberadamente deixado um vazio, uma não-palavra. O blog, talvez julgando-me distraido ou indeciso, fê-la desaparecer!
[ ]
E
Valeu a pena o apelo desta "ouvinte" assídua.
Ouvinte, porque reconheço o emissor na mensagem e ler passa a ser ouvir...
É também essa a razão da minha assiduidade.
S
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