Hoje entrei na fnac de forma descomprometida, depois de umas horas a ler e a escrever, no café. Entrei para ler uns poemas, que li e anotei, para ver uns livros de Design, para ouvir uns cds. Só para ver e não para comprar, que o mês foi duro e o saldo já se foi.
No entanto, foi com alguma timidez que me vi telefonar à mãe, perguntando-lhe se podia ‘estourar’ os últimos euros que me restavam, se ela me suportaria financeiramente até ao fim do mês, já que tinha, na mão, um dos melhores álbuns dos últimos tempos. Arrisquei-me mesmo a dizer 'anos', mas não disse.
A mestria de Chan Marshall (aka Cat Power) é sabida, o álbum anterior, You Are Free, não deixava espaço para dúvidas, com canções como Good Woman ou He War. As letras sempre bem desenhadas (Sim, sou apanhada por letras de música! E aquela Good Woman salvou-me a vida em Julho.), a guitarra e o piano. Aqui, The Greatest, a receita não é diferente, mas o disco é mais luminoso, com mais arranjos, menos da sala ou do quarto e mais do estúdio. Não deixa, no entanto, de ser intimista, Where is my love (aliás a mais bela faixa do disco, na minha opinião) é a prova mais concreta disso. The Greatest conquistou-me desde a primeira audição, já o ouvi no metro, no quarto e na sala, cabe em todos os espaços. A voz de Chan é áspera e agreste e ao mesmo tempo doce. A capa é brutalmente pop e brutalmente bem desenhada. Dos cds mais bonitos que tenho, de fora para dentro. E eu não sei que dizer para além de ‘adoro-o, adoro-o, adoro-o’. Ouçam-no, caramba!
1 comment:
Ouçam-no caramba! Para me contradizerem...
Post a Comment