Ontem procurei desesperadamente o livro. Hoje pus os óculos e encontrei…o livro.
Dentro dele mil palavras, dele para mim, outras agora.
Depois de ouvir José Luís Peixoto falar numa linguagem didáctica, para uma assistência invulgarmente jovem, a Joana confidenciou-me ( espero não cometer inconfidência) vazio. Reinterpretar e traduzir para a nossa linguagem, a incerteza da vida, o reverberar da nossa condição humana e solitária, a angústia de procurar na comunicação o conforto, a casa, a mãe, a terra e a finalidade, é difícil, quando o ambiente e a palavra são, apenas e só, a transição ou a ponte para o indizível. Por isso, para ti Joana e para todas(os) as Joanas transcrevo outro poema:
Vertigem
somos tão novos e estamos tão perdidos, o teu silêncio
dentro do grito das árvores, o meu silêncio sobre o
entardecer. seria feliz se pudesse dizer-te: vem,
vamos fugir de mãos dadas, amor.
José Luís Peixoto, A casa, A escuridão, Temas e Debates;
Tudo é possível. (dentro do livro está um marcador com um desenho de Eduardo Chillida, outro modo de viver a eternidade)
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2 comments:
não devia ter chorado. foi informação a menos para tanta agitação. não foi nada que me transcendesse e, ainda assim, chorei. é dífil sentir com tudo. é impossível não ser feliz aqui, contigo. posso ficar até segunda de manhã?
Lindo, o poema.
Lindo, o José Luís Peixoto.
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