É muito difícil falar de qualquer coisa quando estamos dentro dela. Se estes USA são muito diferentes dos que experimentei há cinco anos, julgo que não. Recordo apenas que não sinto a influência hispânica que senti em 2000.
Estando aqui agora uma ideia vêm-me sempre à cabeça: os extremos tocam-se. Uma cidade de altura e densidade e uma cidade de espaço. As distâncias são imensas e os vazios contam-se em milhares de passos que se desenrolam automaticamente avenidas fora. As pessoas amontoam-se e não nos olham nos olhos. Quando o fazem é para usarem um sorriso cínico de censura perante algum lapso interpretativo de quem não entende este “novo mundo”. A ostentação toca na miséria e ao mesmo tempo tudo se mistura.
Mas o que é certo é que os USA conquistaram o mundo, sobretudo para os mais novos. Aqui apercebi-me que as referências do Pedro são as da NBA, da NBC, ... e que tudo lhe é familiar. Sentem-se em casa na língua, nas referências, nos heróis, esperemos que não na cultura e na identidade.
No comments:
Post a Comment