Friday, March 03, 2006

micro-crédito

Hoje estive numa sessão de esclarecimento da Associação Nacional de Direito ao Crédito realizada no âmbito da implementação de um dos projectos escolhidos pela Agenda 21 Local.
Empolgo-me com estas coisas e acredito. Acredito no micro, acredito nos idealistas e sonhadores, acredito na bondade das pessoas! Quanto mais micro, mais acredito.
Dói-me no entanto perceber que este não é um sentimento geral, nem sequer maioritário e ainda nem sequer de uma significativa minoria.
Mas se eu, que nasci do lado bom do mundo, sinto tantas dificuldades para tornar real um projecto, porque não acreditar que a bondade das ideias não depende da dimensão material de um projecto, mas antes das redes de solidariedade que se criam? Pouco importa que o máximo de crédito possível seja € 5000. O relevante é haver uma instituição, que garanta a quem precisa dos €5000, o direito a que lhos emprestem. Esse empréstimo implica responsabilidade e confiança, provavelmente o que não é exigível a quem precisa de muitos €5000 para investir ( ou enterrar) em empresas tidas como fundamentais para a recuperação da nossa economia… e que depois, porque se perspectivam à escala global, deixam centenas ou mesmo milhares de trabalhadores ( dependentes) no desemprego.
É tudo uma questão de atitude, para mim, de valores. E poderão estar certos, não sou eu profeta que o digo, que economia social e que valores como os da coesão, são os únicos que nos podem salvar …ou por cegueira, perder-nos definitivamente.

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