(…) Onde pode refugiar-se um homem que verdadeiramente pensa, no chamado “mundo real” como se pode ele defender contra a estupidez se não pela prática constante do equívoco? Responda-me. Sobretudo um poeta. Um dia disse: “ Os poetas não tomam verdadeiramente a sério as ideias e os homens. Consideram-nos um pouco como um paxá olha para os membros do bem fornecido harém. São bonitas, sim. Destinam-se a ser utilizadas. Mas não se põe o problema de serem verdadeiras ou falsas, ou de terem alma. Desta maneira, o poeta preserva a frescura da visão, e considera tudo milagroso. Era isso que Napoleão queria dizer quando descrevia a poesia como uma science creuse. Tinha completa razão do seu ponto de vista”. (…)
Durrell, Lawrence; Quarteto de Alexandria; Volume 2 “Baltasar”; Ulisseia; 1991
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