(republico este post, que pus há quatro dias, porque por inabilidade retirei-o do site)
Aprendi com 14 anos, nos bancos da escola que o que distinguia um ser vivo de um ser inanimado era a sua capacidade de assimilação. A minha professora de Ciências da Natureza, Valentina Sereno, empolgava-me, nas aulas que me oferecia no anfiteatro do Carolina Michaëlis.
Nunca mais esqueci este conceito, que me acompanha e relembro desdobrando-o em conselhos que orientam o meu dia-a-dia.
Adapto-o a circunstâncias que nada tem a ver com o princípio. Vamos ver se me consigo explicar. Andamos sempre à nossa procura. Aquilo que os outros vêem de nós, também somos nós, embora não seja a ideia que de nós fazemos. Somos sempre diferentes a cada instante para nós e para os outros. O importante, para a nossa a estabilidade é que estas relações sejam de um equilíbrio instável. Por isso penso que mais importante do que o que os outros pensam de mim é que eu pense que eles pensam bem – que sou amada. Ainda que seja apenas uma ideia minha. Por isso a minha felicidade não depende da verdade. Verdade- conceito estéril e redutor. Depende antes da verdade que ficciono e do modo como a assimilo – a incorporo como minha. Por isso os sentimentos que nutro por outros são apenas meus. Concedem-me paz e bem-estar porque eu sinto que para mim é muito bom gostar, independentemente daquilo que o outro lado pensa, ou sente. Posso construir uma imensa plenitude, vista do meu lado, ainda que do outro assim não seja, pelo menos não é certamente como do meu. E voltando a uma ideia já aqui explorada, ainda bem que não se medem sentimentos, porque senão teríamos uma tirania na medição do gostar. Poderia dizer objectivamente, eu gosto mais do que tu, por isso quero retorno, senão sofro, ou por isso estou primeiro.
Mas não, eu gosto à minha maneira e tu à tua, vocês à vossa. A única medida que tenho é a do conforto e do gosto que me dá sentir um olhar quente, um toque, uma palavra, mais longe um silêncio povoado…
Assimilar, incorporar o gosto dos outros na nossa vida, ainda que seja apenas a nossa maneira especial de o entendermos…
Nunca mais esqueci este conceito, que me acompanha e relembro desdobrando-o em conselhos que orientam o meu dia-a-dia.
Adapto-o a circunstâncias que nada tem a ver com o princípio. Vamos ver se me consigo explicar. Andamos sempre à nossa procura. Aquilo que os outros vêem de nós, também somos nós, embora não seja a ideia que de nós fazemos. Somos sempre diferentes a cada instante para nós e para os outros. O importante, para a nossa a estabilidade é que estas relações sejam de um equilíbrio instável. Por isso penso que mais importante do que o que os outros pensam de mim é que eu pense que eles pensam bem – que sou amada. Ainda que seja apenas uma ideia minha. Por isso a minha felicidade não depende da verdade. Verdade- conceito estéril e redutor. Depende antes da verdade que ficciono e do modo como a assimilo – a incorporo como minha. Por isso os sentimentos que nutro por outros são apenas meus. Concedem-me paz e bem-estar porque eu sinto que para mim é muito bom gostar, independentemente daquilo que o outro lado pensa, ou sente. Posso construir uma imensa plenitude, vista do meu lado, ainda que do outro assim não seja, pelo menos não é certamente como do meu. E voltando a uma ideia já aqui explorada, ainda bem que não se medem sentimentos, porque senão teríamos uma tirania na medição do gostar. Poderia dizer objectivamente, eu gosto mais do que tu, por isso quero retorno, senão sofro, ou por isso estou primeiro.
Mas não, eu gosto à minha maneira e tu à tua, vocês à vossa. A única medida que tenho é a do conforto e do gosto que me dá sentir um olhar quente, um toque, uma palavra, mais longe um silêncio povoado…
Assimilar, incorporar o gosto dos outros na nossa vida, ainda que seja apenas a nossa maneira especial de o entendermos…
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