Há um momento em que a verticalidade do homem e a sua ancestralidade, entendidas enquanto desafio aos deuses, são demais evidentes. Crescem e excedem-se na ritualidade do ritmo primário e no desejo de superação, afirmação viril. Como animais, evidenciam a sua superioridade física.
O cenário também faz ao caso. A Praça da República em Viana do Castelo é um tratado de urbanidade. Para além de edifícios singulares, entre os quais a Misericórdia supera, a proporção entre o plano horizontal da Praça e a verticalidade dos alçados, que fogem pelas ruas medievais, criam um iato propício ao confronto entre gigantones, tocadores e público. Tudo se mistura no estremecer cúmplice que faz do conjunto uma nova entidade.
É tão primária a expressão, tão forte e solidária a experiência que, quem a testemunha uma vez, sabe que terá que voltar.
Aguardemos pelas fotografias da Joana.
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1 comment:
... aguardemos ....
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