Qualquer que seja o motivo que leva as pessoas a organizarem-se em seitas, sociedades secretas, grupos fechados ou até mesmo experiências piloto ou pioneiras, há um grande risco desses mesmos grupos se autodestruírem. Geram dentro de si os germens da sua destruição. Esses grupos, porque fechados, vivem do oxigénio que são capazes de produzir e que, depois de sucessivamente respirado, sem renovação, se esgota. Nestes grupos as relações interpessoais são directas e densas e estão por isso sujeitas a riscos como os da sede de poder, da ânsia de protagonismo, de invejas, de domínio e de posse…. Todos aqueles sentimentos destruidores e permanentes na espécie humana. Reflicto sobre isto a partir do caso da Escola da Ponte, mas não posso deixar de lembrar-me da Serra do Pilar, comunidade cristã que tanto me disse e que passou recentemente por um duro processo de clivagem, que acompanhei de fora. Nas primeiras comunidades cristãs, tantas vezes aí reflectidas e discutidas, passou-se pelos mesmos processos e cometeram-se os mesmos erros. Porque somos incapazes de aprender com a história? …ou este é mesmo um mal congénito que não conseguiremos expurgar?
(isto é mesmo para ser assim. Hoje pouco rigoroso, apenas um apontamento que me dará ainda que pensar...)
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